Caseína do Leite

O transtorno do espectro autista interrompe processos normais de desenvolvimento social, cognitivo e comunicativo, manifestando-se normalmente até os três anos de idade e prevalência no sexo masculino. Estudos buscam fatores que possam contribuir para a redução da manifestação de sintomas ou características especificas. O principal objetivo foi avaliar a presença de alterações comportamentais e sintomas de distúrbios gastrointestinais em decorrência da restrição de glúten e caseína em portadores do autismo. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Sul de Minas e realizado na Fundação Varginhense de Assistência de Excepcionais em Varginha – Minas Gerais, no segundo semestre de 2015. Foram avaliados 8 autistas com idade entre 2 e 25 anos. Após orientação aos pais, houve intervenção dietética, sugerindo a restrição da caseína por 4 semanas e posteriormente do glúten por 7 semanas, totalizando 11 semanas de restrição. Todos os voluntários apresentaram melhora em pelo menos um dos sintomas característicos do transtorno. O sintoma que apresentou maior evolução foi a agressividade em 62,5% (n=5), seguido da estereotipia em 50% (n=4) dos voluntários (p = 0,01). Com relação aos sintomas gastrointestinais, quatro mães relataram melhora após restrição do glúten e caseína. Em conclusão, observou-se que a restrição dessas proteínas gera melhora dos sintomas apresentados que pode impactar na qualidade de vida dos indivíduos com o transtorno do espectro autista. No entanto, mais estudos randomizados, controlados, com cálculo amostral são necessários para confirmar os efeitos dessa dieta.

Fonte: Rasbran (Revista da Associação Brasileira de Nutrição)

vamos aprofundar um pouco mais nas diferenças entre o leite de búfala e o leite de vaca, incluindo a caseína!

1) Composição da caseína: A caseína é a principal proteína presente no leite, e tanto o leite de búfala quanto o leite de vaca contêm caseína. No entanto, a composição da caseína varia entre as duas espécies. O leite de búfala tem uma proporção maior de caseína beta, enquanto o leite de vaca tem uma proporção maior de caseína alfa.

2) Digestibilidade da caseína: A caseína do leite de búfala é considerada mais fácil de digerir do que a caseína do leite de vaca. Isso ocorre porque a caseína beta presente no leite de búfala forma uma estrutura mais solúvel em água, o que pode facilitar a digestão em alguns indivíduos.

3) Alergia à caseína: Algumas pessoas podem ter alergia à caseína do leite de vaca, mas podem tolerar melhor a caseína do leite de búfala. Isso ocorre porque as diferenças na estrutura da caseína podem afetar a resposta imunológica do organismo.

Lembre-se, cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos diferentes tipos de leite e à caseína presente neles. Se você tiver preocupações ou suspeitar de alergias, é importante procurar orientação médica especializada para obter um diagnóstico adequado.

Aqui estão algumas alternativas que você pode considerar:

1) Leite de amêndoa: Feito de amêndoas moídas, o leite de amêndoa é uma alternativa popular ao leite de vaca. É naturalmente livre de lactose e caseína, sendo uma opção adequada para pessoas com intolerância à caseína.

2) Leite de soja: Feito a partir dos grãos de soja, o leite de soja é uma opção rica em proteínas e também isenta de caseína. É importante verificar se a pessoa não tem alergia à soja antes de consumi-lo.

3) Leite de arroz: O leite de arroz é uma alternativa suave e de sabor doce, adequada para pessoas com intolerância à caseína. No entanto, é importante ressaltar que o leite de arroz tende a ter menos proteínas do que o leite de vaca.

4) Leite de aveia: O leite de aveia é feito a partir dos grãos de aveia e é uma opção sem caseína e lactose. Tem um sabor suave e é uma escolha popular para aqueles com intolerância à caseína.

É sempre bom experimentar diferentes alternativas e verificar como o corpo reage a cada uma delas.

Se você está preocupado com a relação entre a caseína e o autismo, é sempre recomendado consultar um profissional de saúde especializado, como um médico ou nutricionista, para obter orientação adequada e personalizada. Eles podem ajudar a avaliar as necessidades específicas de cada pessoa e fornecer recomendações individualizadas.